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Modelo da estátua de Senna |
A homenagem ao tricampeão da F1 (1988, 1990 e 1991) deixa para o grande público uma incógnita que surgiu logo após sua morte e perdura até hoje. Parece que o brilho da F1 dos tempos de Senna morreu com o piloto naquela ocasião e não se sabe quando irá voltar. Não me refiro aqui ao público amante do automobilismo, esse povo mais elitizado que acompanha o circo da F1 aonde quer que ele monte seu picadeiro. Para esses, com certeza, o esporte nunca deixou de ser chamativo e interessante. Mas digo, aquele brilho que fazia as corridas serem comentadas de 15 em 15 dias, com as pessoas comuns, menos ligadas a esse universo específico, esse não foi mais visto.
Independente da questão de ter um brasileiro disputando ou não em pé de igualdade com os grandes da categoria, a sensação que fica é de que o esporte em si se perdeu em inúmeras mudanças de regras, que acontecem anualmente, e parece uma disputa mecanizada. Os seres humanos que estão pilotando não aparecem no primeiro plano para quem vê de fora e não tem aquela ligação mais apaixonada pelo esporte. Os carros é que disputam as corridas. O homem que dirige o aparelho mecânico e eletrônico deixou de ser o centro das atenções e a disputa ficou entre as máquinas que conduzem as pessoas à vitória.
Como numa Matrix em que os humanos foram engolidos por sua própria criação, a criatura se elevou de seu mero status de extensão dos sentidos e dos atributos de quem a concebeu para tomar o lugar de seu criador e ditar as regras do jogo. Ganha o carro que tiver a equipe com mais dinheiro para investir em tecnologia como o motor que tem uma potência maior. Claro, tem os mecânicos, os administradores (junto com os patrocinadores) e a competência dos pilotos. Sem os humanos ainda não há acontecimento digno de notícia, nem de natureza nenhuma, mas bem se vê que ganha o carro mais playboy entre todos os "mauricinhos", por assim dizer.
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Carrão da RBR deixa a Ferrari "na poeira" na Bélgica |
Aí beleza largou em último lugar e tal, os concorrentes se animaram, aquela coisa. Na corrida, Vettel tentou ultrapassar o brasileiro Bruno Senna, que largou em 14º, e perdeu uma parte da asa dianteira. Voltou aos boxes e como o regulamento determina, a alteração na asa determinou seu retorno ao 24º e último lugar da competição novamente! Isso tudo na 9ª volta, num total de 55. Mesmo assim, Vettel terminou a corrida em 3º lugar, ameaçando o 2º colocado, Alonso, até o fim da corrida. Putz! Ele caiu para último duas vezes e ainda chegou a tempo de pegar o pódio?!! Pensa aí? Se não tivesse sofrido nenhuma punição, o finlandês Kimi Räikkönen, vencedor da prova, teria tida talvez alguma chance de comer a poeirinha do alemão, se é que conseguiria chegar a tempo para isso.
Puxa, na época do Senna, era mágico acordar cedo no domingo para ver o duelo do brasileiro com o francês Allan Prost ou contra os ingleses Damon Hill e Nighel Mansel. As ultrapassagens eram mágicas e os duelos épicos, dentro e fora dos autódromos. Senna tinha uma língua afiada e um orgulho inabalável. Os corações do público palpitavam em um uníssono em todo o planeta quando as disputas começavam. Como por exemplo no GP de Interlagos em 1993, quando Prost e Hill tinham um carro extremamente superior ao de Senna e mesmo assim o brasileiro conseguiu uma épica vitória sobre os dois, aproveitando-se com extrema habilidade da chuva que caiu no meio da prova. Damon Hill foi o segundo lugar na corrida, chegando como retardatário (se bem me lembro). Michael Shumacher, que estava em ascensão na época chegou em 3º.
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Vettel comemora a vitória de seu carro na Bélgica |
Paolo Gutiérrez é jornalista e comentarista de futebol e MMA.
Fontes: Wikipédia, Site Globo.com, Site Grande Prêmio, Site Folha UOL, Site Esporte.IG,
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