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| Djokovic leva o 7º troféu do Australian Open Foto: David Gray / AFP |
Melbourne (Austrália) - Nesta madrugada (a partir de 5h da Bahia), de sábado (26) para domingo (27), o tenista sérvio Novak Djokovic 'passou o carro' no espanhol Rafael Nadal, em disputa pela final do Australian Open. O jogo foi disputado na Rod Laver Arena e teve um arrasador 3 setes a 0 para Djoko, em 2h04min de jogo - parciais de 6/3, 6/2 e 6/3. O sérvio deu um banho total em todas as estatísticas do jogo.
Fez 5 quebras de serviço em 8 breakpoints (chance de quebra) contra nenhuma de Nadal. Djoko teve 80% de aproveitamento de 1º serviço, contra 51% do espanhol. Também foi muito melhor no aproveitamento do segundo serviço - 84% contra 62%. Nos Aces (ponto de saque direto, sem o adversário conseguir tocar na bola), o sérvio teve 8 contra 3 do espanhol. Mas é nos erros não forçados que melhor se ilustrou o verdadeiro passeio que foi a partida - apenas 9 de Djokovic contra 28 de Nadal.
O grande vencedor desta madruga assegurou, com este título do aberto da Austrália, folga na ponta do ranking entre os melhores tenistas do planeta. É o número um do mundo com 10.155 pontos, contra 8.320 do próprio Nadal - uma diferença de 2.635, superior à quantidade de pontos de uma conquista de grand slam, que é de 2000. Significa que não será alcançado no próximo grande torneio que envolve os melhores tenistas do mundo, mesmo que Nadal seja campeão e ele seja derrotado na primeira rodada. Essa pontuação é contada pela Associação de Tenistas Profissionais (ATP).
A vitória também rendeu a Djokovic o trono como maior vencedor do Australian Open. Ele superou o suíço Roger Federer em número de conquistas - com a de hoje chegou a 7, contra 6 do suíço. De quebra, fechou como único tenista com 100% de aproveitamento em finais do torneio - chegou à decisão em 7 ocasiões e venceu em todas. E mais! Agora ele é o terceiro maior vencedor em torneios de grand slam, com 15 conquistas, deixando para trás o estadunidense Pete Sampras, com 14. Só Nadal, com 17, e Federer, com 20, estão à sua frente.
Estamos perto do fim de uma era?
Estes números mostram que assistimos até agora, com esses três maiores vencedores, a passagem dos maiores tenistas de toda a história desse esporte. Os três estão no topo do topo da nata de tenistas com destaque mundial. Sem dúvida, um grande privilégio para nós desta época. Mas o desempenho do maior vencedor, nos últimos anos - neste aberto da Austrália, ficou pelo caminho - pode indicar que estamos chegando ao fim dessa, digamos, 'idade do ouro' do tênis?
Djokovic está com 31 anos, Nadal com 32 e Federer com 37. No esporte de alto rendimento, será natural que experimentem queda de rendimento a partir de agora - como já está acontecendo com Federer. Apesar de que Nadal e Djoko estão no lugar mais alto do ranking da ATP, mas, quem está dominando na extrema atualidade, no agora, é o sérvio, justamente o mais jovem entre esses três que têm o bingulim maior no tênis.
E quando isso se concretizar, quando esses três atingirem a aurora de seus ciclos no esporte (isso vai acontecer algum dia), quem são os candidatos à sua sucessão? Deixe sua opinião nos comentários.
Paolo Gutiérrez é jornalista e comentarista de futebol e MMA.
